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segunda-feira, 26 de junho de 2017


Grupo de monitores 2017/ 1 da disciplina de Patologia Geral Médica e do Projeto PATONLINE estuda, revisa e compartilha conhecimentos relativos aos avanços na área da Pato-Onco- Genética:


TERAPIA ALVO ANTI-RECEPTOR DE FATOR DE CRESCIMENTO EPIDÉRMICO (ANTI-EGFR) E AQUISIÇÃO DE RESISTÊNCIA ADQUIRIDA NO CÂNCER DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS


O câncer de pulmão é um dos mais incidentes e uma das principais causas de morte por câncer. O receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) é uma proteína de superfície celular, encontrada de forma hiperexpressa, especialmente, no câncer de pulmão não pequenas células, determinando maior proliferação tumoral, ativando sobrevivência e invasão celular. O diagnóstico molecular de mutações em EGFR se tornou necessário para a definição do tratamento adequado em pacientes com câncer de pulmão, pois são potenciais alvos terapêuticos. Todos os pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPCNP), em estágio avançado, devem ser submetidos à pesquisa de mutações genéticas em EGFR, pois os que tiverem mutações ativadoras em EGFR podem se beneficiar  da terapia alvo personalizada com inibidores de tirosina quinase (TKI) do EGFR (EGFR-TKIs), ou seja, terapia anti-EGFR. O CPNPC em geral tem mutações de sensibilidade do EGFR em 15-20% dos casos e apresentam uma resposta inicial intensa, porém com possível resistência ao tratamento após aproximadamente um ano de terapia. Em cerca de 50-60% dos pacientes o motivo da resistência adquirida é a mutação adicional denominada de T790M. Os TKI- Gefitinibe e Erlotinibe - têm sido utilizados para o tratamento do CPNPC. Porém novos TKI de terceira geração estão sendo utilizados para superar a resistência ao tratamento dos CPNPC que tem mutação T790M+. A heterogeneidade genética e as alterações genéticas que conferem resistência à terapia alvo são fundamentais no desenvolvimento de resistência adquirida aos agentes anti-EGFR. Além do desenvolvimento de mutações pontuais na região do ectodomínio de EGFR (T790M), há mutações em genes integrantes da via de EGFR. Entretanto, a presença destas alterações não explica todos os casos de resistência adquirida. Outros mecanismos precisam ser caracterizados e pesquisados.

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