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segunda-feira, 26 de junho de 2017


Projeto PATONLINE estuda, revisa e compartilha conhecimentos relativos aos avanços/ condutas  na área Médica: 

INTOXICAÇÕES POR ORGANOFOSFORADOS


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), registram-se no mundo a cada ano 25 milhões de casos de envenenamento por agrotóxicos com cerca de 20 mil mortes involuntárias. Guardar em ambiente adequado, ajuda a reduzir significativamente os riscos de envenenamento e óbitos. Na rotina de atendimento em toxicologia, preconiza-se a identificação do agente para tomada de medidas específicas. Nos casos de intoxicações por organofosforados, a peculiaridade do quadro clínico pode elucidar o diagnóstico correto. As intoxicações principalmente por organofosforados, apresentam alta incidência. Apesar disso, ainda é escassa a quantidade de referências bibliográficas sobre o assunto, que também não é muito enfatizado em níveis acadêmico e profissional. Os agrotóxicos organofosforados mais usados no Brasil são, lamentavelmente, todos da Classe I, os mais tóxicos que existem: Monocrotofos, Folidol (Parathion) e Malation. Outro é o Tamaron, que hoje é comercializado como Classe II (“altamente tóxico”). Tais produtos são usados em diversos tipos de plantações para combater pragas, nos domicílios contra moscas e mosquitos, além de serem empregados por órgãos de saúde pública no combate a vetores de doenças (p.ex.: o Aedes aegypti). Em plantações é aplicado em diversas culturas, como a de alho, cebola, trigo, arroz, milho, frutos, hortaliças, feijão, batata, algodão, amendoim, soja, cacau, café, centeio e fumo.  As vias dérmica e pulmonar são as mais comumente vistas na exposição ocupacional, enquanto a via oral é a mais comum em casos de envenenamento não ocupacional, como  a que normalmente se vê por ingesta acidental em crianças. Os organofosforados são compostos agrotóxicos, de ampla comercialização no Brasil, que inibem a enzima acetilcolinesterase, estimulando excessivamente os receptores da acetilcolina. Os receptores da acetilcolina são neurotransmissores em todas as terminações nervosas autonômicas preganglionares (receptores nicotínicos), todas as terminações parassimpáticas e algumas terminações nervosas simpáticas pos-ganglionares (receptores muscarínicos), junção neuromuscular (receptores nicotínicos) e em algumas sinapses do SNC. A superestimulação desses receptores da acetilcolina por inibição da acetilcolinesterase, provoca sintomas muscarínicos e nicotínicos que fazem parte da síndrome clínica tóxica, também chamada de síndrome colinérgica por organofosforados que inclui possíveis manifestações do sistema nervoso central (SNC), como: alterações do estado mental, fraqueza muscular e atividade secretória excessiva
Grupo de monitores 2017/ 1 da disciplina de Patologia Geral Médica e do Projeto PATONLINE estuda, revisa e compartilha conhecimentos relativos aos avanços na área da Pato-Onco- Genética: 



IMPORTÂNCIA ATUAL DA MUTAÇÃO DO GENE “ALK” E DA HIPEREXPRESSÃO DO “EGFR”  E DA PROTEÍNA  PDL-1” NA ESCOLHA DA TERAPIA ANTINEOPLÁSICA MODERNA CONTRA O CÂNCER DE PULMÃO



O câncer de pulmão mata cerca de 1,6 milhão de pessoas por ano no mundo. É de difícil tratamento, tem frequentemente o diagnóstico tardio e sobrevida reduzida. Cerca de 5% dos cânceres de pulmão são de não pequenas células e tem alteração do gene ALK (Anaplastic lymphoma kinase- Receptor tirosino Kinase) que produz uma proteína anormal, fazendo com que as células tumorais cresçam e se disseminem. O Crizotinib bloqueia a proteína ALK anormal. Estudos mostraram que esta droga reduziu tumores ALK mutados em cerca de 50% a 60%, embora a maioria deles já tivesse sido submetido ao tratamento quimioterápico. O receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) é uma proteína de superfície celular e tem relação com proliferação. As células do câncer de pulmão não pequenas células podem hiperexpressar EGFR, levando ao maior crescimento tumoral. Erlotinib, Gefitinibe e Afatinib - São drogas que bloqueiam o EGFR e por este motivo são utilizadas para câncer de pulmão avançado em pacientes com mutações ativadoras de EGFR. Cetuximab - É um anticorpo monoclonal que tem como alvo o EGFR. Outro medicamento é o Nivolumab que é um "inibidor de checkpoint", impedindo que as células cancerígenas "desliguem" o sistema imunológico, deixando-as vulneráveis ao ataque do sistema imunológico citotóxico do organismo. Alguns tumores podem produzir uma proteína chamada PD-L1 que desliga qualquer parte do sistema imunológico que tenta atacá-los. Estudos mostraram que pacientes com tumores com hiperexpressão de PD-L1 e uso de Nivolumab, tiveram aumento significativo da sobrevida (mais 19,4 meses). Porém, as consequências à longo prazo, da alteração do sistema imunológico, ainda precisam ser melhor esclarecidas.  Esses tratamentos tendem a ser onerosos representando um verdadeiro desafio aos sistemas de saúde. Objetivo: Estudar, revisar e propagar conhecimentos relativos importância da atual da determinação da mutação do gene ALK e da hiperexpressão do EGFR e de PDL-1 na escolha da terapia antineoplásica moderna contra o câncer de pulmão.