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sexta-feira, 8 de julho de 2016

A RELAÇÃO DA HIPERCOLESTEROLEMIA COM O CÂNCER



A RELAÇÃO DA hipercolesterolemia COM O câncer
Os efeitos deletérios da hipercolesterolemia, especialmente o LDL (low density lipoprotein), são bem conhecidos e englobam doenças cardíacas, doenças vasculares cerebrais e aterosclerose. No entanto, novos estudos apontam uma relação importante  entre o aumento do LDL e o risco de câncer. Consoante à literatura, a molécula LDL é responsável por ativar uma via de sinalização celular que possibilita a multiplicação acelerada de células cancerígenas, atundo como promotor tumoral. Especificamente, os receptores LDL interagem com uma proteína chamada “Dishevelled” (Dsh), a qual tem papel determinante na via de sinalização canônica, chamada de via de sinalização intracelular Wnt que desempenha um papel fundamental na proliferação celular, desenvolvimento embrionário e a homeostase dos tecidos. Todavia, acredita-se que, em células maduras, a hiperatividade dessa via promova o aparecimento de cânceres principalmente de mama, próstata, cólon, pele e pulmão. Nesse contexto, a supressão da sinalização da via canônica Wnt, através de drogas que impeçam a ligação do colesterol a Dsh, poderia ser um ser uma nova terapêutica a fim de tratar e prevenir os cânceres oriundos deste fenômeno. Diante disso, tal conhecimento acerca dos mecanismos de como o colesterol promove caminhos que levam ao surgimento de neoplasias, é um complexo desafio para a ciência oncológica e abre portas para a pesquisa e desenvolvimento de novos tipos de tratamento para o câncer.

PREVENÇÃO DO CÂNCER GÁSTRICO ATRAVÉS DO PROJETO PATONLINE


PREVENÇÃO DO CÂNCER GÁSTRICO ATRAVÉS DO PROJETO PATONLINE
Os tumores do estômago se apresentam, predominantemente, na forma de três tipos histológicos: adenocarcinoma (responsável por 95% dos tumores), linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos casos, e leiomiossarcoma (iniciado em tecidos que dão origem aos músculos e aos ossos). As causas estão associadas a fatores genéticos, história familiar, associação do uso de cigarro e bebidas alcoólicas destiladas e fatores alimentares como ingestão frequente de alimentos defumados ou dieta pobre em Vitaminas A e C. O pico de incidência se dá em sua maioria em homens, por volta dos 70 anos e aproximadamente  65% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago têm mais de 50 anos. No Brasil, esses tumores aparecem em terceiro lugar na incidência entre homens e em quinto, entre as mulheres. No resto do mundo, dados estatísticos revelam declínio da incidência, especificamente nos Estados Unidos, Inglaterra e outros países mais desenvolvidos.  A alta mortalidade é registrada atualmente na América Latina, principalmente na Costa Rica, Chile e Colômbia. Porém, o maior número de casos ocorre no Japão. A alta taxa de mortalidade devido a esta doença (mais de 80%) se deve ao fato de que grande parte dos casos ainda são diagnosticados em fase tardia, quando a chance de cura é pequena. Reconhecer os principais sintomas do câncer gástrico (dor no estômago, principalmente após as refeições, perda de peso, fraqueza, anemia e vômitos) se faz muito importante, pois pode predispor ao diagnóstico precoce, o que aumenta a sobrevida. O importante é a prevenção e sempre que possível o diagnóstico precoce que leva a índices de cura elevados. Exatamente nesse princípio que se baseia este estudo, em trabalhar na prevenção do câncer gástrico através da divulgação em ambiente virtual de seus principais sintomas, exames diagnósticos, tratamento, assim como toda a história natural dessa doença. Recentemente novos tratamentos com bons resultados têm sido propostos. Ainda a cirurgia é o principal tratamento, mas também novos medicamentos têm mostrado resultados animadores.

ONCOGÊNESE MEDIADA PELO VÍRUS SÍMIO 40 (SV40)



ONCOGÊNESE MEDIADA PELO VÍRUS SÍMIO 40 (SV40)
O vírus símio 40 (SV40) é um Poliomavírus, cujo hospedeiro natural é o macaco rhesus. Seu modo de transmissão ainda é pouco conhecido, mas partículas virais presentes na urina contaminada do macaco podem ser transmitidas via oral e/ou respiratória. A identificação do SV40 está intimamente ligada ao desenvolvimento das vacinas de poliovírus inativada (VIP) e da vacina do poliovírus oral atenuado (VOP), as quais foram produzidas a partir de células renais do macaco rhesus infectadas pelo vírus. O SV40 é capaz de infectar diversos tipos celulares, tanto em roedores quanto em primatas. O hamster é o modelo animal utilizado no estudo da oncogênese mediada pelo SV40, uma vez que estes são altamente suscetíveis aos tumores induzidos pelo vírus. O espectro de tumores associados ao SV40 em humanos é o mesmo dos observados nos roedores após a inoculação viral. O vírus símio 40 tem sido associado, principalmente, a tumores de cérebro, osteossarcomas, linfomas não- Hodgkin e mesoteliomas malignos. Nas células de roedores e de humanos suscetíveis ao tumor, o SV40 não se replica, expressando somente seus genes precoces e induzindo transformação maligna. O DNA viral é integrado ao cromossomo do hospedeiro e proteínas denominadas antígenos T grandes são produzidas. Nos tipos celulares sensíveis à oncogênese mediada pelo SV40, como as células mesoteliais humanas, os antígenos (Ag-T) grandes parecem formar complexos com algumas proteínas supressoras tumorais, como a p53 e pRB, inativando-as. Além disso, os antígenos T grandes provenientes do vírus admitem a imortalização da célula hospedeira, por meio da ativação da telomerase e dos oncogenes NOTCH-1, Met e receptor de IGF-1. Diante disso, nessas amostras celulares, o SV40 comporta-se como um verdadeiro carcinógeno humano e não apenas como um passageiro, sendo de extrema significância o papel por si desempenhado na gênese de tumores humanos.