A RELAÇÃO DA hipercolesterolemia COM O câncer
Os efeitos deletérios da hipercolesterolemia,
especialmente o LDL (low density lipoprotein), são bem conhecidos e englobam
doenças cardíacas, doenças vasculares cerebrais e aterosclerose. No entanto, novos estudos apontam uma relação
importante entre o aumento do LDL e o
risco de câncer. Consoante à literatura, a molécula LDL é responsável por
ativar uma via de sinalização celular que possibilita a multiplicação acelerada
de células cancerígenas, atundo como promotor tumoral. Especificamente, os
receptores LDL interagem com uma proteína chamada “Dishevelled” (Dsh), a qual tem papel determinante na
via de sinalização canônica, chamada de via de sinalização intracelular Wnt que desempenha um papel fundamental
na proliferação celular, desenvolvimento embrionário e a homeostase dos
tecidos. Todavia, acredita-se que, em células maduras, a hiperatividade dessa
via promova o aparecimento de cânceres principalmente de mama, próstata, cólon,
pele e pulmão. Nesse contexto, a supressão da sinalização da via canônica Wnt, através de drogas que impeçam a
ligação do colesterol a Dsh, poderia
ser um ser uma nova terapêutica a fim de tratar e prevenir os cânceres oriundos
deste fenômeno. Diante disso, tal conhecimento acerca dos mecanismos de como o
colesterol promove caminhos que levam ao surgimento de neoplasias, é um
complexo desafio para a ciência oncológica e abre portas para a pesquisa e
desenvolvimento de novos tipos de tratamento para o câncer.
sexta-feira, 8 de julho de 2016
PREVENÇÃO DO CÂNCER GÁSTRICO ATRAVÉS DO PROJETO PATONLINE
PREVENÇÃO DO CÂNCER GÁSTRICO ATRAVÉS DO PROJETO PATONLINE
Os tumores do estômago se apresentam,
predominantemente, na forma de três tipos histológicos: adenocarcinoma
(responsável por 95% dos tumores), linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos
casos, e leiomiossarcoma (iniciado em tecidos que dão origem aos músculos e aos
ossos). As causas estão associadas a
fatores genéticos, história familiar, associação do uso de cigarro e bebidas
alcoólicas destiladas e fatores alimentares como ingestão frequente de
alimentos defumados ou dieta pobre em Vitaminas A e C. O pico de
incidência se dá em sua maioria em homens, por volta dos 70 anos e
aproximadamente 65% dos pacientes
diagnosticados com câncer de estômago têm mais de 50 anos. No Brasil, esses
tumores aparecem em terceiro lugar na incidência entre homens e em quinto,
entre as mulheres. No resto do mundo, dados estatísticos revelam declínio da
incidência, especificamente nos Estados Unidos, Inglaterra e outros países mais
desenvolvidos. A alta mortalidade é
registrada atualmente na América Latina, principalmente na Costa Rica, Chile e
Colômbia. Porém, o maior número de casos ocorre no Japão. A alta taxa de mortalidade
devido a esta doença (mais de 80%) se deve ao fato de que grande parte dos
casos ainda são diagnosticados em fase tardia, quando a chance de cura é
pequena. Reconhecer os principais sintomas do câncer gástrico (dor no estômago,
principalmente após as refeições, perda de peso, fraqueza, anemia e vômitos) se
faz muito importante, pois pode predispor ao diagnóstico precoce, o que aumenta
a sobrevida. O importante é a prevenção e sempre que possível o diagnóstico
precoce que leva a índices de cura elevados. Exatamente nesse princípio que se
baseia este estudo, em trabalhar na prevenção do câncer gástrico através da
divulgação em ambiente virtual de seus principais sintomas, exames
diagnósticos, tratamento, assim como toda a história natural dessa doença. Recentemente
novos tratamentos com bons resultados têm sido propostos. Ainda a cirurgia é o
principal tratamento, mas também novos medicamentos têm mostrado resultados
animadores.
ONCOGÊNESE MEDIADA PELO VÍRUS SÍMIO 40 (SV40)
ONCOGÊNESE MEDIADA PELO VÍRUS SÍMIO 40 (SV40)
O vírus símio 40 (SV40) é um Poliomavírus, cujo
hospedeiro natural é o macaco rhesus. Seu modo de transmissão ainda é pouco
conhecido, mas partículas virais presentes na urina contaminada do macaco podem
ser transmitidas via oral e/ou respiratória. A identificação do SV40 está
intimamente ligada ao desenvolvimento das vacinas de poliovírus inativada (VIP)
e da vacina do poliovírus oral atenuado (VOP), as quais foram produzidas a
partir de células renais do macaco rhesus infectadas pelo vírus. O SV40 é capaz
de infectar diversos tipos celulares, tanto em roedores quanto em primatas. O
hamster é o modelo animal utilizado no estudo da oncogênese mediada pelo SV40,
uma vez que estes são altamente suscetíveis aos tumores induzidos pelo vírus. O
espectro de tumores associados ao SV40 em humanos é o mesmo dos observados nos
roedores após a inoculação viral. O vírus símio 40 tem sido associado,
principalmente, a tumores de cérebro, osteossarcomas, linfomas não- Hodgkin e
mesoteliomas malignos. Nas células de roedores e de humanos suscetíveis ao
tumor, o SV40 não se replica, expressando somente seus genes precoces e
induzindo transformação maligna. O DNA viral é integrado ao cromossomo do
hospedeiro e proteínas denominadas antígenos T grandes são produzidas. Nos
tipos celulares sensíveis à oncogênese mediada pelo SV40, como as células
mesoteliais humanas, os antígenos (Ag-T) grandes parecem formar complexos com
algumas proteínas supressoras tumorais, como a p53 e pRB, inativando-as. Além
disso, os antígenos T grandes provenientes do vírus admitem a imortalização da
célula hospedeira, por meio da ativação da telomerase e dos oncogenes NOTCH-1,
Met e receptor de IGF-1. Diante disso, nessas amostras celulares, o SV40
comporta-se como um verdadeiro carcinógeno humano e não apenas como um
passageiro, sendo de extrema significância o papel por si desempenhado na
gênese de tumores humanos.
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