Início Sociedade Brasileira de Patologia UFSM Outros Links Médicos

sexta-feira, 8 de julho de 2016

IMUNOTERAPIA E CÂNCER

MATERIAL PARA DIVULGAÇÃO E DISCUSSÃO:
IMUNOTERAPIA E CÂNCER

O câncer é um importante problema de saúde pública em todo o mundo e apresenta uma alta taxa de mortalidade. As células neoplásicas se caracterizam por apresentarem uma desregulação na taxa de proliferação e morte celular que ocorre devido a eventos mutacionais em vias que regulam esses processos. Essas mutações levam a célula transformada a perder o controle de divisão e diferenciação celular. Entretanto, para gerar doenças, as células tumorais devem escapar dos mecanismos de defesa do organismo, incluindo a resposta imune. O sistema imunológico está em constante vigilância e é capaz de reconhecer células tumorais. Contudo o desenvolvimento do tumor pode acontecer por falhas do sistema imunológico no reconhecimento dessas células, por mecanismos de escape imunológico ou por imunodeficiência do organismo. A ativação do sistema imunológico envolve ativação inicalmente da imunidade inata, rápida e inespecífica, seguida de uma resposta adaptativa, onde os linfócitos B e T desempenham suas funções. O processo inflamatório local desempenha um papel central na resposta imune. O mecanismo efetor mais importante na resposta antitumoral é a citotoxidade (células NK e linfócitos efetores). O grande desafio atual na área da imunologia tumoral é o desenvolvimento de terapias antitumorais baseadas na imunoterapia e vacina. Há muito tempo se reconhece a relação entre competência imunológica e evolução favorável da doença maligna. Especificamente, a redução da atividade das células supressoras tem sido demonstrada em pacientes com câncer de ovário, neuroblastoma e carcinoma hepatocelular. Esta observação está mais relacionada à presença de doença avançada do que ao tipo histológico do tumor e também oferece as bases para a imunoterapia de pacientes com câncer, sob a hipótese de que a restauração da função imunológica pode levar a um melhor prognóstico do caso. O aparecimento de moléculas seletivas, capazes de bloquear vias específicas envolvidas na regulação do crescimento tumoral, significou um enorme progresso para o tratamento do câncer, porém o potencial de cura ainda depende da associação com as terapias convencionais. A translação da imunoterapia experimental para a prática clínica requer o desenvolvimento de bioprocessos de expansão de células que sejam eficientes, rápidos, robustos e reprodutíveis.

0 comentários:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.